Por: Almir Junior (@almir_limajr)
Direto da Redação
São Paulo/SP
Nesta sexta, a partir das 15h45, Hull City e Blackpool abrirão a temporada 2011/12 da nPower Championship. Já passamos o panorama dos outros times na coluna de Gilmar Siqueira, e agora está na hora de analisarmos o nosso clube, o Burnley, que estreia no sábado, ás 11h (de Brasília), contra o Watford, em Turf Moor, com tempo real no nosso blog e no twitter.
A análise
A temporada 2010/11 foi uma grande decepção. O Burnley, que tinha um dos elencos mais fortes da última temporada, viu Brian Laws estragar o time. Steven Cadwell e Steven Fletcher, jogadores-chave da temporada 09/10, foram vendidos por migalhas. E poucos jogadores foram contratados, como Marney, Iwelumo e Grant, que resultado algum renderam. Laws enterrou o time, que com vários empates, figurou na 15ª posição, além de humilhante eliminação na Carling Cup, e logo, a diretoria o demitiu, no fim do ano passado. A partir daí, uma nova era se iniciaria.
Eddie Howe, que certamente levaria o Bournemouth á Championship se não tivesse saído, foi contratado para salvar a pátria. Com ele, o artilheiro da League Two, Charlie Austin, e o talismã de Howe nos cherries, Marvin Bartley, chegaram. Em suas primeiras partidas, o Burnley de Howe fez boas atuações. Mas, em um momento, vários jogadores se contundiram de uma vez só, e o Burnley chegou a ficar 6 rodadas sem ganhar, o que não daria chances algumas. E assim como Laws, Howe começou a ter desconfiança após a derrota decepcionante por 5 a 1 contra o West Ham na FA Cup. Mas, depois da chegada de alguns reforços, como o ótimo Nathan Delfouneso, o Burnley correu atrás do prejuízo. Não deu, mas pelo menos, um oitavo lugar honrado.
Nesta temporada, o Burnley trouxe pouquíssimos, mas bons jogadores. Treacy, do Preston, foi um dos únicos que se salvaram na campanha que rebaixou o time de Deepdale, chegou como o único reforço em definitivo. Os jovens Ben Mee e Kieran Trippier, que se destacaram em Leicester e Barnsley, respectivamente, foram emprestados pelo City. E Howe conseguiu se livrar dos "jogadores-problema". Steven Thompson, Kevin McDonald, Remco van der Schaaf, Michael King e outros foram dizimados do elenco. Sobrou até para Graham Alexander, único jogador em atividade á atingir 1000 jogos na carreira, capitão do time, que foi também dispensado. Além de Chris Iwelumo, que não fez nada, que saiu pro Watford. Mas, as perdas que deixaram os torcedores claretes preocupados foram as saídas de Eagles e Mears para o Bolton. Sorte que Howe tem os substitutos nas mãos. Treacy já chega pra jogar no lugar de Eagles, e, pelo que conhecemos do meia, ele pode mostrar um futebol até melhor que o camisa 33. Trippier também deve assumir em grande estilo a vaga de Mears.
O que me chama a atenção é a exterminação das chances do Burnley nessa Championship. Só porque não gastamos. Dizem até que seremos rebaixados. Mas, veja bem: um time que ganha com propriedade de times da Premier League, como o Sunderland e o Swansea, um time com história, com ótimos jogadores, que era considerado até a um tempo um dos melhores da Championship, agora é o timeco da segundona. Ah, para! Se o Burnley subir, ou até mesmo chegar aos playoffs, vai ter muita gente com a boca caladinha.
Você vai poder acompanhar essa temporada na ESPN Brasil. Esperamos que pelo menos o clássico contra o Blackpool passem.
PALPITES
Almir: Pelo menos nos playoffs, dá pro Burnley chegar.
Gabriel: Acredito que o Burnley pode ir longe na Championship. Tá certo, perdeu jogadores importantes, e teve mais atletas saindo do que chegando, mas confio naqueles que fazem parte do elenco dos Clarets. É um time que merece ir aos playoffs, ao menos. Na última temporada, batemos na trave, mas nesta edição o time chega lá. Playoffs já está bom demais, pelo time que a equipe do Turf Moor tem e pelos rivais. Se conseguir chegar à Premier League, realmente seria a glória.
A PRANCHETA
A provável escalação dos Clarets nessa temporada. Foto: Ilustração/TacticalPad
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